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TJSP: 8° Concurso Extrajudicial chega a fase final com balanço positivo

O 8° Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegações de Notas e de Registro do Estado de São Paulo está na fase final do certame. A fase das provas orais se encerram na terça-feira, 5 de março. O balanço do processo até agora é positivo. Ao todo 7 mil pessoas fizeram a inscreveram no processo e apenas 700 foram classificados para a fase final.

De acordo com o presidente da Comissão do Concurso, Desembargador Ricardo Torres de Carvalho a importância de certames como este é permitir que as pessoas preparadas tenham acesso a delegação e que os serviços ganhem cada vez mais em qualificação dos serviços de Registros Públicos como um todo. "A importância é permitir que qualquer pessoa que esteja qualificada e tenha vontade de ingressar na carreira tenha essa oportunidade, demonstre seu conhecimento e receba a delegação de um desses Cartórios que estão sendo oferecidos. Isso tem trazido um amadurecimento e um profissionalismo muito maior à atividade Notarial e Registral".

Desembargador Ricardo Torres de Carvalho, presidente da Comissão do 8° Concurso Extrajudicial

Segundo Torres de Carvalho o resultado das outras edições do concurso já pode ser sentido nas delegações de todo o Estado. "O que nós observamos é que o Estado vem apresentando uma melhoria gradativa que depois de vários anos já podemos sentir. Essa melhoria decorre de uma preparação melhor dos Cartórios na parte física, do ingresso de pessoas mais jovens que estão cada vez mais afeitas a novas tecnologias, que tem abraçado com alegria e determinação além da informatização que está sendo implantada", diz.

Para o Desembargador a determinação desses novos profissionais está fazendo a diferença a diferença. "Eles chegam animados, com vontade de conhecer o lugar, de desenvolver a serventia. Eles tem investido cada vez mais nos Cartórios e a nossa expectativa, a expectativa do Tribunal (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) como um todo é que o serviço continue evoluindo. Isso tem atraído tanto pessoas do estado quanto de fora. Boa parte dos nossos candidatos são de fora e eles nos procuram não apenas pela segurança que a atuação da Corregedoria Geral e da Corregedoria Permanente trazem, mas também a confiança que eles tem de que os concursos são realizados e maneira periódica, de uma maneira constante e isso permite que eles invistam em um Cartório de uma Comarca menor para o início de carreira com a certeza de que em poucos anos eles poderão participar de outro concurso e evoluir para uma Comarca maior, complexa e mais rentável", completa. Dois terços das vagas serão destinadas aos candidatos a provimento que atendam os requisitos previstos nos artigos 14 e 15, § 2º, da Lei nº 8.935/94. O terço restante será ocupado pelos candidatos à remoção que já são titulares de registro ou notarial no Estado de São Paulo há mais de dois anos e que preenchem os requisitos do art. 17 da mesma lei. No 7º concurso foram aprovados 372 candidatos.

A Comissão do Concurso é composta também pelos juízes Álvaro Luiz Valery Mirra, Carlos Henrique André Lisboa e Marco Fábio Morsello; pela promotora Cíntia Mitico Belgamo Pupin, representante do Ministério Público; pelo advogado Antonio Celso Baeta Minhoto, representante da Ordem dos Advogados do Brasil; pelo registrador Flauzilino Araújo dos Santos e pelo notário Sérgio Ricardo Watanabe. Essa formação multidisciplinar traz ainda mais valor ao certame e a garantia de que os candidatos serão bem avaliados. "O notário e o registrador trazem a experiência prática e quem conhece a atividade e tem uma condição melhor de inquirir e avaliar os candidatos, já que esse é um concurso que tem objetivo profissional. Os representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados, por sua vez, trazem uma oxigenação e a experiência profissional que acabam engrandecendo e melhorando a qualidade do nosso concurso. Por isso ele deixa de ser um concurso, digamos fechado, para ter esse auxílio inestimável.com relação ao Notário e ao Registrador eu não vejo como nós poderíamos fazer o concurso sem eles, já que os detalhes do funcionamento dos Cartórios, detalhes da atividade são trazidas por eles, casos que nem sempre os juízes tem uma ideia muito clara. Essa é uma garantia aos candidatos de que serão bem avaliados", explica.

A realização do concurso também pode auxiliar a mudar a imagem que a população em geral tem dos Cartórios e a desmistificar a atividade extrajudicial. "Ele ajuda muito porque as pessas que fazem o concurso comentam e espalham a importância disso para quem está em volta. Então todos que tem contato com os candidatos acaba sabendo que o concurso existe, que os Cartórios são acessíveis e a importância que eles tem na vida das pessoas, uma vez que a pergunta mais natural em uma conversa com um amigo que faz alguma escolha é o porque isso e não aquilo. Então os candidatos explicam tanto o lado profissional mas principalmente a importância que os Cartórios e essa atividade tem no dia a dia das pessoas", argumenta.